• Menu
  • Lycoris
  • Category
    • Animation
    • Nature
    • People
    • Technology
    • Vogue
    • Other
  • Tools
    • CSS
    • jQuery
    • Cookies
    • Wicked
  • Menu
    • CSS
    • jQuery
    • Cookies
    • Wicked
  • Sub Menu
    • CSS
    • jQuery
    • Cookies
    • Wicked

CZARABOX

[ WORDS on IMAGES. ]

MIGUEL DOMINGUES Política dos autores

Política dos autores

O Autor: Nascimento da Política dos Autores, Práticas Críticas e Influências Geracionais
MIGUEL DOMINGUES


1. O que é um “autor”?
Emergência da geração de críticos franceses dos anos 50 e as ideias por eles defendidas


A noção do cineasta como artista esteve sempre implícita na denominação do cinema como “7ª arte”. Ainda assim, desde o final da década de 40, a indústria norte-americana vinha a discutir quem era mais importante na feitura de um filme: o argumentista-realizador, o realizador, o argumentista ou a totalidade da equipa, num processo análogo à construção de uma catedral e típico de um momento em que a industria é forte. Contudo, apenas na França do pós-guerra a ideia de cineasta se tornou um elemento estruturante chave na critica e na teoria cinematográficas, nomeadamente através da política dos autores.

A política dos autores é uma das mais importantes e influentes ideias na história do cinema. Criada nos anos 50, relacionava-se com o existencialismo, na medida em que insistia em ideias como “liberdade”, “destino” e “autenticidade” aplicadas à produção artística. Afirmava que o cineasta devia ser suficientemente forte e competente para tomar todas as decisões importantes na elaboração e filmagem do filme, devendo igualmente levar a cabo todas as tarefas que conseguisse no processo, delegando as que não conseguisse em pessoas da sua confiança e que agissem de acordo com as suas indicações. Assim, iria impregnar o seu trabalho com a sua personalidade, consequentemente estabelecendo uma linha reconhecível na totalidade da sua filmografia, independentemente das condições físicas, sociais, politicas, económicas ou práticas de produção de cada objecto. Segue-se, então, uma importante distinção entre o realizador e o cineasta, sendo o primeiro alguém que transforma, única e simplesmente, um argumento em imagens, e o segundo alguém que usa o cinema como meio de expressão pessoal.

No limite, esta teoria despoletou um processo semelhante ao que teve lugar na literatura no século XVIII, estabelecendo o autor como dono, comercial e criativamente, do seu trabalho.


2. A Formação
Referir alguns dos nomes que elaboraram esta teoria é nomear alguns dos nomes fundamentais do cinema francês nos últimos quarenta anos.
O mais importante nome, a nível de produção teórica, é François Truffaut. Nascido em Paris em 1932, teve uma infância problemática, que o fez deixar a escola aos 14 anos. Construiu a sua cinéfilia ao ver mais de dois mil filmes na sua adolescência, a maior parte entrando nos cinemas sem pagar, através das casas de banho ou das saídas de emergência, e frequentando ciné-clubes. Encontrou o pai que sempre procurou em André Bazin (co-fundador e editor durante vários anos), que o levou a escrever para a Cahiers du Cinéma em 1953. Em 1959, iniciou uma bem-sucedida carreira como cineasta, com Os 400 Golpes, e atingiu o seu zénite criativo com Jules e Jim (1963). Violento e inovador no seu estilo de crítica, Truffaut foi acusado de não arriscar quando se tornou produtor dos seus filmes, e obras como As Duas Inglesas e o Continente e O Último Metro (1971 e 1980, respectivamente) são consideradas algo académicos. Faleceu em Outubro de 1984, com 52 anos, vítima de um tumor cerebral.
Primeiro aliado, depois inimigo de Truffaut, Jean-Luc Godard foi tão influente como aquele enquanto crítico, mais o seu foco era não tanto críticas e artigos sobre o panorama francês, mas antes longos e aprofundados textos teóricos. Nascido em 1930, Godard foi criado na Suíça e estudou etnologia na Sorbonne, em Paris. Escreveu na Cahiers du Cinéma após se ter formado, e estrou-se no cinema comO Acossado (1960), a que se seguiram obras como Une femme est une femme (1961), Viver a Sua Vida (1963) e Band à Part (1964). A sua carreira caiu nos anos 70 e 80, apenas para regressar nos anos 90 com, por exemplo, JLG por JLG (1994). Com um estilo fragmentado e auto-reflexivo, permanece um dos mais importantes nomes no que toca à reflexão sobre a importância e o estatuto da imagem nos dias que correm.
Eric Rohmer foi sempre o mais velho elemento desta formação e é um dos mais idosos cineastas ainda em actividade, com 85 anos. Sucessor de André Bazin como editor da supra-citada publicação, escreveu um influente mas problemático ensaio, Le Gout de la Beauté, onde alguns vêem reminiscências de racismo na sua definição de beleza cinematográfica. Enquanto cineasta, o seu estilo é enganadoramente simples, e centra-se em pessoas cuja auto-análise entra frequentemente em contradição com o seu comportamento. De elevado teor literário e filosófico, agrupa frequentemente os seus filmes em ciclos, como os Contos das Quatro Estações e Comédias e Provérbios. A sua última obra foi o muito bem sucedido Agente Triplo (2003).
Finalmente, Jacques Rivette nasceu em 1928 e entrou na Cahiers du Cinéma em 1953. Não particularmente relembrado como crítico, realizou o seu primeiro filme, Paris Nous Appartient em 1960, e rapidamente foi destacada a sua experimentação formal, em fitas como La Religieuse(1965) e, mais recentemente, Alto Baixo Frágil (1994). Permanece, pelo menos em Portugal, um cineasta algo ignorado, ainda que os seus dois últimos filmes, Va Savoir (2000) e Histoire de Marie et Julien (2004), tenham estreado em devido tempo.

3.Contexto do Estabelecimento da Política dos Autores
A Criação de um espaço pessoal

Importa referir que o termo "política", aplicado neste contexto, não é um simples artificio retórico, mas uma forma de posicionamento em termos do futuro desta formação. Dado que todos desejavam fazer cinema no futuro próximo, necessitavam dinamitar um espaço para si mesmos num meio dominado por um pequeno numero de produtores e fechado à novidade. O panorama do cinema francês à época encorajava esse posicionamento. Por um lado, aquilo a que se chamava "Le Cinéma de Papa", um conjunto de adaptações literárias com valores seguros de produção mas académicas e inócuas. Truffaut cristalizou esta objecção num texto de 1954 intitulado "Une Certaine Tendance do Cinéma Français", comparando a este panorama estagnado a vitalidade do cinema americano, numa perspectiva inovadora, pois Hollywood era tradicionalmente considerada o espaço que tinha terminado a carreira de génios como Murnau e Eric von Stronheim, bem como uma espaço dominado pelo McCarthismo. Por outro lado, nenhum destes criticos se identificava com a crítica do seu tempo, considerada elitista e que sofria, de novo segundo Truffaut, de "sete pecados capitais": 1) falta de conhecimento da história do cinema; 2) total ignorância da técnica cinematográfica; 3) completa falta de imaginação; 4) uma injustificada preferência pelo cinema francês, devido às suas relações pessoais com os realizadores; 5) um tom paternalista e insolente; 6) a idade excessiva dos intervenientes; 7) a pretensão de julgar o trabalho de acordo com o que s acreditava serem as intenções do criador.
Cahiers du Cinéma: a plataforma
A plataforma para estas ideias foi a revista Cahiers du Cinéma, inaugurada em 1951 e a escola para toda a geração da Nouvelle Vague.
Ao longo da sua história, a revista sempre teorizou e contestou aquilo a que se chama "a função crítica". De acordo com esta perspectiva, a sua prática foi sempre a de que os filmes não deviam ser apenas compreendidos e desfrutados, mas igualmente fontes para de entendimento do mundo e da vida - o que pode ser explicado pelo facto de os fundadores da revista, André Bazin e Jacques Doniol-Valocroze, se perspectivarem como críticos de arte na tradição de Denis Diderot, que defendia essa mesma perspectiva. Sobretudo, a crítica cinematográfica era vista como uma actividade iniciática, cheia de virtudes para a actividade futura.
Quando esta formação se retirou da escrita e da teorização, a Cahiers du Cinéma tornou-se uma revista diferente, e vivendo um pouco do prestigio desta era, mas nunca deixou de produzir críticos interessantes que se tornaram, posteriormente, cineastas interessantes - Luc Moullet, Léos Carax e, acima de todos, André Téchiné, passaram pela redação. Sobretudo, um genuíno amor pelo cinema ainda enforma os seus conteúdos, e é dada atenção generosa às diversas cinematografias mundiais.
Correntemente, a revista encontra-se no numero 608.

DoxDoxDox
Add Comment
MIGUEL DOMINGUES
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
  • Share
  • Share

Related Posts

Newer Older Home

Label

ABEL GANCE ADRIAN MARTIN AKASAKA DAISUKE ALAIN BERGALA ALAIN RESNAIS ALBERT SERRA ALEXANDER MEDVEDKINE ALEXIS TIOSECO ANA MARIZ ANDRÉ BAZIN ANDRÉA PICARD ANDY RECTOR ANITA LEANDRO ANNE MARIE STRETTER ANNE PHILIP ANTOINE THIRION ANTÓNIO CÃMARA ANTÓNIO CAMPOS ANTÓNIO GUERREIRO ARIANE GAUDEAUX ARTAVAZD PELECHIAN BARRETT HODSON BERTRAND TAVERNIER BILL KROHN BOB DYLAN BUÑUEL CAHIERS DU CINEMA CARLOS MELO FERREIRA CARLOSS JAMES CHAMBERLIN CECIL B. DEMILLE CHAPLIN CHRIS MARKER CHRISTA FULLER CHRISTIAN BRAAD THOMSEN CHRISTIAN JUNGEN CHRISTIAN KEATHLEY CLAIRE DENIS COTTAFAVI CRAIG KELLER CYRIL NEYRAT D. H. LAWRENCE DAMIEN HIRST DANIEL FAIRFAX DANIEL KASMAN DANIEL REIFFERSCHEID DANIELE HUILLET DANIELLE HUILLET DARIO ARGENTO DAVE KEHR DAVID BONNEVILLE DAVID BORDWELL DAVID FOSTER WALLACE DAVID LYNCH DAVID PHELPS DAVID STERRITT DAVID YON DELEUZE DIOGO VAZ PINTO DOMINIQUE PAINI DONALD FOREMAN DREYER EDGAR MORIN EGIL TORNQVIST EMILIANO AQUINO EMILIE BICKERTON EMMA GOLDMAN EMMANUEL SIETY ERIC ROHMER F. J. OSSANG FERGUS DALY FILMOLOGIA FILOSOFIA FOTOGRAFIA FRANCIS BACON FREDERIC JAMESON GALEYEV GEORGE LUCAS GEORGE ORWELL GEORGES BATAILLE GÉRARD LEBLANC GINA TELAROLI GIORGIO AGAMBEN GIUSEPPE BERTOLUCCI GLAUBER ROCHA GUIONISMO GUS VAN SANT GUY DEBORD HAL HARTLEY HANNAH ARENDT HARUN FAROCKI HAWKS HENRI BEHAR HENRI-DAVID THOREAU HERVÉ LE ROUX HIROSHI TESHIGAHARA HITCHCOCK HOLDERLIN HONG SANG-SOO HOWARD HAWKS IMAGENS CONTEMPORANEAS INGMAR BERGMAN IRMGARD EMMELHAINZ ISAAC JULIEN J.R.JONES JACQUES AUMONT JACQUES LOURCELLES JACQUES RIVETTE JACQUES ROZIER JAMES QUANDT JARON LANIER JEAN EPSTEIN JEAN NARBONI JEAN PIERRE GORIN JEAN RENOIR JEAN-BAPTISTE THORET JEAN-CLAUDE GUIGUET JEAN-CLAUDE ROSSEAU JEAN-CLAUDE ROUSSEAU JEAN-JACQUES BIRGÉ JEAN-LOUIS COMOLLI JEAN-LUC GODARD JEAN-MARC LALANNE JEAN-MARIE STRAUB JEAN-PIERRE GORIN JIM JARMUSCH JOAN DIDION JOANA RODRIGUES JOÃO BÉNARD DA COSTA JOÃO BOTELHO JOÃO CÉSAR MONTEIRO JOÃO MÁRIO GRILO JOÃO SOUSA CARDOSO JOHAN VAN DER KEUKEN JOHN CARPENTER JOHN CASSAVETES JOHN FORD JOHN WAYNE jonas mekas JONATHAN ROSENBAUM JORGE SILVA MELO JOSÉ ARROYO JOSÉ BARATA MOURA JOSÉ BRAGANÇA DE MIRANDA JOSE GIL JOSÉ OLIVEIRA JOSEPH CAMPBELL KARL MARX KATHERYN BIGELOW KIMBERLY LINDBERGS KING VIDOR KOJI WAKAMATSU LAURENT CHOLLET LÉONCE PERRET LEOS CARAX LIKLOS JANSCÓ LOUIS SKORECKI LUC MOULLET LUIS MENDONÇA LUIS MIGUEL OLIVEIRA LUIZ CARLOS OLIVEIRA JR LUIZ SOARES JÚNIOR MALICK MALTE HAGENER MANNY FARBER MANOEL DE OLIVEIRA MANUEL MOZOS MANUEL S. FONSECA MANUELA PENAFRIA MARGUERITE DURAS MARIA FILOMENA MOLDER MARIO BAVA MÁRIO FERNANDES MARQUÊS DE SADE MARTIN BUBER MARTIN HEIDEGGER MASAO ADACHI MELISSA GREGG MICHEL DELAHAYE MICHEL MOURLET MICHELANGELO ANTONIONI MIGUEL DOMINGUES MIGUEL MARIAS MINNELLI MURIEL DREYFUS NANCY COKER NEVILLE ROWLEY NEWSREEL NICHOLAS RAY NICK DRAKE NICOLE BRENEZ NIKA BOHINC NOAM CHOMSKY NOBUHIRO SUWA OLIVIER PIERRE ORSON WELLES PATRICE BLOUIN PATRICE ROLLET PAULO ROCHA PECKINPAH PEDRO COSTA PEDRO EIRAS PEDRO SUSSEKIND PETER BOGDANOVICH PETER BRUNETTE PETER NESTLER PHILIPPE GARREL PHILIPPE GRANDRIEUX PIER PAOLO PASOLINI PIERRE CLEMENTI PIERRE CRETON PIERRE LÉON PIERRE-MARIE GOULET RAINER MARIA RILKE RAINER W. FASSBINDER RAQUEL SCHEFER RAUL BRANDÃO RAYMOND BELLOUR REVISTA LUMIÉRE RICHARD BRODY RITA AZEVEDO GOMES RITA BENIS RIVETTE ROBERT ALDRICH ROBERT KRAMER ROBERTO ACIOLI DE OLIVEIRA ROBERTO CHIESI ROGER CORMAN ROMAIN LECLER ROSSELLINI RYSZARD DABEK SACHA GUITRY SALLY SHAFTO SAMUEL FULLER SATYAJIT RAY SCOTT MACDONALD SERGE DANEY SÉRGIO DIAS BRANCO SHERMAN ALEXIE SHIGEHIKO HASUMI SHYAMALAN SIEGFRIED KRACAUER SIMON HARTOG SLAVOJ ZIZEK SOFIA TONICHER STARWARS STÉPHANE BOUQUET STEVE PERSALL STEVEN SPIELBERG STRAUB=HUILLET SUSAN SONTAG SYLVAIN GEORGE SYLVIE PIERRE TAG GALLAGHER TED FENDT TERESA VILLAVERDE TERRENCE MALICK THE JEONJU DIGITAL PROJECT 2011 THOM ANDERSEN THOMAS HARLAN TIR TROTSKY TRUFFAUT UMBERTO ECO VASCO CÂMARA VERTOV VINCENT MINELLI WALTER BENJAMIN WARREN BUCKLAND WERNER SCHROETER WOODY ALLEN ZANZIBAR FILMS
Com tecnologia do Blogger.

Pesquisar neste blogue

Browse by Date

  • ►  2023 (4)
    • ►  dezembro (1)
    • ►  outubro (3)
  • ►  2021 (1)
    • ►  maio (1)
  • ►  2020 (2)
    • ►  maio (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2019 (2)
    • ►  abril (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2018 (7)
    • ►  novembro (2)
    • ►  fevereiro (2)
    • ►  janeiro (3)
  • ►  2017 (9)
    • ►  dezembro (3)
    • ►  novembro (2)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (3)
  • ►  2016 (3)
    • ►  dezembro (1)
    • ►  outubro (1)
    • ►  agosto (1)
  • ►  2015 (12)
    • ►  outubro (1)
    • ►  julho (1)
    • ►  abril (3)
    • ►  março (4)
    • ►  janeiro (3)
  • ►  2014 (7)
    • ►  dezembro (1)
    • ►  novembro (1)
    • ►  setembro (1)
    • ►  julho (3)
    • ►  maio (1)
  • ►  2013 (21)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  outubro (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  março (5)
    • ►  fevereiro (12)
  • ►  2012 (53)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  novembro (7)
    • ►  outubro (8)
    • ►  setembro (2)
    • ►  agosto (2)
    • ►  junho (5)
    • ►  maio (9)
    • ►  abril (6)
    • ►  março (11)
    • ►  fevereiro (1)
  • ▼  2011 (57)
    • ►  dezembro (6)
    • ►  novembro (1)
    • ►  setembro (5)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (1)
    • ►  junho (7)
    • ►  maio (4)
    • ►  abril (6)
    • ►  março (11)
    • ►  fevereiro (10)
    • ▼  janeiro (5)
      • A Beleza segundo Rohmer
      • Política dos autores
      • COLÓQUIO "JOÃO BÉNARD DA COSTA, PROGRAMADOR"
      • ZIJEK: Multiculturalidade, ou a Lógica Cultural do...
      • Pós-Modernismo ou A Lógica Cultural do Capitalismo...
  • ►  2010 (71)
    • ►  dezembro (11)
    • ►  novembro (16)
    • ►  outubro (3)
    • ►  setembro (2)
    • ►  agosto (5)
    • ►  julho (9)
    • ►  junho (4)
    • ►  maio (9)
    • ►  abril (1)
    • ►  março (4)
    • ►  fevereiro (7)
  • ►  2009 (40)
    • ►  dezembro (6)
    • ►  novembro (10)
    • ►  outubro (1)
    • ►  setembro (2)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (2)
    • ►  junho (7)
    • ►  abril (6)
    • ►  março (5)

Contribuidores

  • DoxDoxDox
  • DoxDoxDox

copyright © 2017 CZARABOX All Right Reserved . Created by Idntheme . Powered by Blogger